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Mapa Mental sobre capitanias hereditárias (1)
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Resumo sobre capitanias hereditárias
As Capitanias Hereditárias, implementadas no Brasil Colônia em 1534, foram a primeira forma de organização territorial e administrativa estabelecida pela Coroa Portuguesa no território recém-descoberto. Visavam a ocupação e exploração da terra, transferindo a responsabilidade e os custos da colonização para donatários, nobres portugueses de confiança.
O sistema consistia na doação de grandes extensões de terra, as capitanias, aos donatários através da Carta de Doação e do Foral. A Carta de Doação estabelecia os direitos dos donatários, como a posse da terra, o direito de escravizar indígenas e distribuir sesmarias (lotes menores de terra) aos colonos. O Foral, por sua vez, definia as obrigações dos donatários, como a defesa da capitania, a promoção da colonização e o pagamento de impostos à Coroa.
Apesar da sua complexidade, o sistema das Capitanias Hereditárias não alcançou o sucesso esperado em todas as regiões. A falta de recursos dos donatários, as dificuldades de comunicação, a resistência dos indígenas e os ataques de corsários franceses foram alguns dos fatores que dificultaram o desenvolvimento de muitas capitanias. Apenas duas prosperaram: São Vicente, devido à produção de cana-de-açúcar e ao comércio de escravos indígenas, e Pernambuco, que se destacou na produção de açúcar.
O fracasso geral das Capitanias Hereditárias levou a Coroa Portuguesa a implementar, em 1549, o Governo-Geral, centralizando o poder e a administração da colônia. As capitanias, no entanto, não foram extintas, mas passaram a ter sua autonomia limitada, coexistindo com o novo sistema. A experiência das Capitanias Hereditárias, apesar de seus desafios, foi crucial para o estabelecimento das bases da colonização portuguesa no Brasil, moldando a estrutura social, econômica e política da colônia.
