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Resumo sobre Guerra de Canudos
A Guerra de Canudos, ocorrida entre 1896 e 1897, foi um conflito sangrento e emblemático da história brasileira, marcado pela luta entre o governo republicano e a comunidade religiosa liderada por Antônio Conselheiro, no sertão da Bahia. A região, assolada pela miséria e seca, viu a ascensão de Canudos, um arraial fundado por Conselheiro que oferecia uma alternativa de vida baseada no trabalho comunitário, na fé e no igualitarismo, atraindo milhares de sertanejos.
O governo, recém-instaurado e preocupado com a instabilidade política e social, enxergou em Canudos uma ameaça à ordem estabelecida. A pregação de Conselheiro, que questionava a República e defendia a monarquia, somada à resistência dos moradores em pagar impostos e cumprir as leis, motivou o envio de expedições militares para debelar o arraial.
As três primeiras expedições foram derrotadas pelos sertanejos, que demonstraram grande conhecimento do terreno e habilidade no combate. A vitória em Canudos se devia, em parte, à sua organização social e ao fervor religioso que impulsionava a resistência. A mobilização de tropas federais e a intensificação dos ataques culminaram na quarta expedição, com um efetivo numeroso e melhor equipado.
Após meses de cerco e combates brutais, Canudos foi destruída em outubro de 1897. A guerra deixou um saldo de milhares de mortos, entre combatentes e civis, e evidenciou as profundas desigualdades sociais e a falta de atenção do governo com a população do sertão. A Guerra de Canudos é um marco na história brasileira, representando a luta pela terra, a fé e a resistência contra a opressão.
