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Resumo sobre Revolta da Chibata
A Revolta da Chibata, ocorrida em novembro de 1910 no Rio de Janeiro, foi uma rebelião liderada pelo marinheiro João Cândido Felisberto, conhecido como o “Almirante Negro”. O motim foi motivado pela brutalidade e crueldade dos castigos físicos aplicados aos marinheiros, especialmente a chibatada, prática comum na Marinha brasileira da época, que consistia em açoitar os marinheiros por faltas disciplinares, muitas vezes insignificantes.
A revolta foi desencadeada após um marinheiro negro ser condenado a 250 chibatadas por uma infração trivial. João Cândido, vendo a injustiça e a humilhação, liderou um grupo de marinheiros na tomada de navios de guerra, como o Minas Gerais, o São Paulo, o Deodoro e o Bahia. Eles exigiam o fim dos castigos corporais, melhores condições de trabalho e anistia para os revoltosos.
A ação dos marinheiros, que dominavam a força naval brasileira, colocou o governo federal em xeque. Diante da ameaça e da repercussão popular, o governo cedeu às exigências dos revoltosos, abolindo os castigos corporais e concedendo anistia. No entanto, a vitória foi efêmera. Após a rendição, o governo, liderado por Hermes da Fonseca, traiu o acordo. João Cândido e outros líderes foram presos, exilados ou assassinados, e a promessa de anistia foi ignorada.
A Revolta da Chibata, apesar de sua curta duração, foi um marco na luta por direitos e dignidade no Brasil. Ela expôs as desigualdades sociais e raciais presentes na sociedade da época, e permanece como um símbolo de resistência contra a opressão e a injustiça.
