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Resumo sobre vidas secas
“Vidas Secas”, de Graciliano Ramos, é um romance emblemático da literatura brasileira, que narra a luta pela sobrevivência de uma família de retirantes no sertão nordestino. A história acompanha Fabiano, sua mulher Sinhá Vitória, seus dois filhos e a cachorra Baleia, enquanto vagam pelas terras áridas em busca de água e sustento.
A obra retrata a dura realidade do sertão, marcada pela seca implacável, a pobreza extrema e a marginalização social. A família enfrenta constantes dificuldades, passando fome, sofrendo com a brutalidade da natureza e a exploração dos poderosos, como o patrão e o soldado amarelo.
A linguagem seca e precisa de Graciliano Ramos, com descrições objetivas e concisas, intensifica a sensação de aridez e desespero. O autor explora a incomunicabilidade e a falta de esperança, refletindo sobre a condição humana e a luta pela dignidade em um ambiente hostil. A animalização de Fabiano, em momentos de desespero, e a humanização da cachorra Baleia, com sua lealdade e instintos de sobrevivência, são recursos que acentuam a desumanização imposta pela pobreza e a crueldade do meio.
A narrativa não oferece soluções fáceis nem finais felizes. A família segue em frente, carregando consigo a memória da dor e a esperança, mesmo que tênue, de um futuro melhor. “Vidas Secas” é uma crítica social pungente e um retrato cru da desigualdade e da luta pela sobrevivência, que continua relevante na reflexão sobre as questões sociais do Brasil.
